terça-feira, 12 de maio de 2015


A primeira faixa do folhetim... aguarda-se com expectativa os próximos episódios!
 
“Ai ai ai a minha vida… que grande desgraça que em foi acontecer. E logo hoje! O que vai dizer a Senhora…”

Laurinda limpava os restos dos vidros coloridos quebrados, derramados sobre o tapete persa, nas mesas de madeira com embutidos orientais e sobre o sofá mais próximo. A origem estava próxima: as portas de “vidrinhos de cores” (como Laurinda dizia) do armário estavam estilhaçadas. Lá dentro, a preciosa imagem indo-portuguesa do Menino Jesus de Praga estava tombada. Junto dela, a causa de todo este imbróglio repousava sossegada: a bola de ténis que Laurinda dera ao pequeno Luís, para ele se distrair a brincar e deixá-la cozinhar o jantar solene dessa noite.

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