quarta-feira, 29 de abril de 2015

O nascimento

Pois é. Durante toda a vida ouvi coisas do género "o parto é lixado", "o parto dói para caraças", "tiveste dores quando te apareceu a história este mês? Espera até dares à luz...".
Dia 2 de Abril tirei todas as dúvidas. Explico...
O Joaquim não queria nascer por ele, pelo que a médica, após várias consultas, definiu que ia provocar o parto: "ah e tal, às 9h no hospital".
Pela primeira vez conseguimos ser pontuais. Estávamos no hospital à hora marcada do dia definido. Esperámos 2 horas...
Assim sendo, o Joaquim só começou a ser "provocado" pelas 11.
Das 11 às 13 nada se passou. Deitadinha numa cama de hospital a ler revistas, enquanto o mais-que-tudo lia jornais.
Entretanto apareceu uma enfermeira que me perguntou se queria ir saltar para cima de uma bola de pilates. Lá fui! Estive quase todo o tempo sozinha, saltando na bola, e lendo revistas que estavam abertas em cima da cama.
Nova avaliação médica às 15h: "está muito melhor! Vamos provocar mais!". Zimbora!
Passado pouco tempo comecei a ter algumas dores. "Ah e tal as contracções custam imenso"! Não concordo. Ou então... aguento-me bem! A verdade é que as dores que tive não eram insuportáveis. Mesmo! Se tivesse estas dores e estivesse em casa, provavelmente aguentava-me algum tempo...
Nesta altura apareceu a minha médica dizendo que eu devia pedir a epidural, o que concordei - não tanto por estar a sofrer com dores, mas por achar que se a minha própria médica me dizia para pedir, era porque o devia fazer.
Recebi a epidural (e uma algália), e nas duas horas seguintes não senti nada.
O tempo passou-se em conversas com o Luís, jornais, revistas e sudokus.
Até que... senti que estava a fazer xixi! Mas nãaaaoooo... eram as minhas águas que tinham rebentado!!! Xitex total! Estava quase! E a verdade é que foi logo a seguir!
Depois de rebentarem as águas, e por estar a voltar a sentir contracções, pedi o reforço da epidural (disseram-me que não era suposto sentir nada até ao parto, pelo que não fazia sentido estar a sentir nada, né?). Passados 5 minutos comecei com uma vontade enoooorme de ir à WC. Assim que partilhei tal vontade com a enfermeira, ela analisa-me e diz-me: "você vai mas é para a sala de partos"!
E pufff! Ouvi o "faça força" 2 ou 3 vezes e o Joaquim veio ao mundo!
Tudo muito rápido, tudo muito fácil.



(E assim começou esta nova aventura! Ser Mãe!)

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